sábado, 21 de maio de 2016

Em 1996 teve também um hino

Na postagem inaugural deste blog, quatro semanas atrás, eu comemorava dois eventos importantes que tinham me acontecido há 20 anos, sendo um deles o lançamento do livro O Primeiro Anel, do qual publiquei alguns poemas desde então. Vamos ao segundo, para eu não perder o fio da meada.

No dia 20 daquele mês de abril de 1996, eu participava, em Lajeado, da etapa final do concurso para escolha do oficial para o Município, iniciativa do então Prefeito Leopoldo Feldens. Não lembro exatamente quando foi lançado o concurso, ou como fiquei sabendo dele, mas logo percebi que era uma oportunidade única e portanto imperdível. Logo comecei a trabalhar na letra, reunindo num rascunho as coisas que me ocorriam sobre a história e a geografia física e humana da cidade. Fazia dois anos que eu terminara a faculdade de música no Instituto de Artes da UFRGS e embora eu tivesse desistido de ser um compositor profissional, não tive dificuldade de escrever a música, iniciando com um bom refrão, e depois polindo as rimas das várias estrofes.

(Mais tarde, à medida que comecei a estudar políticas culturais, e observando as ações dos governos municipais que se sucederam até hoje, fui me dando conta de que aquele era mesmo um momento único da cidade, pois nunca mais a cultura teve uma atuação tão qualificada por parte do poder público municipal.)

Tive a felicidade de contar, naquela noite final, com a talentosa cantora santa-mariense Alessandra Verney, defendendo minha canção, ela que logo se mudaria para o Rio de Janeiro iniciando uma bela carreira, também como atriz. O júri, para minha alegria, só tinha feras: o professor e historiador José Alfredo Schierholt; a violonista e professora Hella Frank; o fundador da Rádio Independente (onde meu pai chegou a atuar como locutor) Lauro Müller; o pianista e professor Zé Aloísio Prediger (com quem cantei no coral da UFRGS, em 1984); o violinista da OSPA Herbert Wentz e a professora e escritora Nara Knaack; além da então Secretária de Cultura e Turismo Dinora Garcia Feldens e do próprio Prefeito Leopoldo, todos sob a batuta do maestro Antônio Borges Cunha, que fora meu professor de harmonia nos tempos de faculdade.
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E vencemos.

Na página da Prefeitura de Lajeado dá para baixar a gravação do Hino, mas infelizmente não constam os créditos dessa gravação. Sei que uma das cantoras era a Simone Prinz Cordeiro, e o acompanhamento era da então recém criada Banda Municipal (infelizmente extinta na gestão seguinte), com arranjo e regência do Astor Dalferth. Aliás, em termos de créditos, também vou ficar devendo, pois desconheço quem fez o registro em VHS que reproduzo aqui. Peço desculpas pelo violão meio desafinado, sabe como é, coisas de quem não tem muita vivência de palco. Eu não tinha sequer um afinador eletrônico na época.

Segue aí o texto da Lei Municipal 5.710, que oficializou o Hino. Não é todo dia que a gente vê poesia no Diário Oficial, não é?


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